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Geração vitrine

  • Foto do escritor: Daiane Borduam
    Daiane Borduam
  • 12 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

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É muito legal postar fotos lindas e inspiradoras nas redes, mas às vezes estamos reproduzindo uma imagem, um momento estático de algo que não é real.

Quantas vezes passamos por uma vitrine e vemos aquela roupa maravilhosa no manequim e entramos animadas pra copiar o look, mas quando vestimos em nós não funciona, e pensamos "por quê? o tamanho era o mesmo..." Isso aconteceu comigo um dia, e tamanha foi minha frustração que dei a volta na vitrine para ver se era o P mesmo e, para minha surpresa, a roupa estava toda alfinetada no manequim. O que era o meu objeto de admiração e desejo não servia nem no próprio manequim.

Comecei a refletir o quanto isso acontece nos relacionamentos conjugais. Nas vitrines das redes é tudo perfeito, reluzente; mas quando olhamos "por dentro da vitrine" os alfinetes estão lá, prendendo, segurando, furando, ferindo, mas do vidro pra fora está lindo. Seja no meio secular ou cristão, criou-se a cultura do é melhor fingir que tratar. Dessa forma, casamentos desgastados, corações desiludidos e decisões erradas, em vez de receberem tratamento, se submetem a tortura de fingir que está tudo bem aos olhos dos outros, criam expectativas com base no que não é real, se frustram, e, no final, acabam ferindo-se ainda mais e alimentando uma mágoa profunda contra o cônjuge, que culmina em um pedido de divórcio por incompatibilidade de gênios, uma das causas mais apontadas para a dissolução do vínculo conjugal.


Mas afinal, por que as pessoas fingem? Talvez, a principal razão seja o orgulho. A pessoa orgulhosa é a última a perdoar, tem dificuldade em reconhecer seu próprio erro e dificilmente procura ajuda. Para o orgulhoso o problema sempre é o outro. Eu não vou expor meu problema! Como fica minha reputação?! Eu estou ótimo, quem tem que mudar é você! e Deus sabe da minha vida! são frases comumente ditas por um orgulhoso. A dificuldade em reconhecer os erros, a resistência em pedir ajuda e o medo de se expor fazem com que uma pessoa orgulhosa arraste o cônjuge por anos em uma montanha russa sentimental que só traz prejuízo aos dois, desgasta o relacionamento e, na maioria das vezes, faz com que o outro se anule, vire refém do ego e das vontades do orgulhoso a ponto de perder a esperança e a própria vontade de se impor, tornando-se um mero marionete nas mãos do outro. Nesse tipo de relação, só um é feliz; os outros são apenas coadjuvantes do círculo familiar. O resultado disso é o crescimento de uma raiz de amargura fortíssima por parte dos outros componentes da família. E é aí onde vemos filhos se rebelando, maridos buscando consolo em outra pessoa ou esposas entrando em depressão. Em Provérbios somos advertidos sobre o comportamento orgulhoso:


Todo coração altivo é abominação ao Senhor: certamente não ficará impune. (Pv 16.5) A soberba precede à ruína; e o orgulho à queda. (Pv 16.18)


Independente da sua posição na sociedade, ou principalmente dentro da igreja, não é vergonhoso reconhecer sua dificuldade nessa área e buscar ajuda; o Senhor se agrada daqueles que o fazem. A Palavra diz que Deus honra os humildes de espírito (Jó 22.29). É preciso quebrar a vitrine do orgulho e nos revestirmos da humildade do Senhor, pedir perdão aos nossos familiares e estabelecer um novo princípio para a família: o da honra e da mordomia cristã.


Vamos mostrar ao mundo que é possível ter um casamento excepcional! E como faremos isso? Através da humildade, dignidade e da santidade do lar. Não negligencie nem negocie valores.

Que seu casamento seja mais que transparente e verdadeiro; que ele seja palpável e acessível. Quebre a vitrine!

 
 
 

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Daiane Borduam

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