Antes de começar este devocional, leia na íntegra o texto de provérbios 9.

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A sabedoria construiu sua casa; ergueu suas sete colunas. Matou animais para a refeição, preparou seu vinho e arrumou sua mesa. E enviou as servas para fazerem convites desde o ponto mais alto da cidade, clamando: "Venham todos os inexperientes! " Aos que não têm bom senso ela diz: "Venham comer a minha comida e beber o vinho que preparei".

Provérbios 9:1-5

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Apesar do texto começar narrando que a Sabedoria – mais uma vez personificada aqui – construiu sua casa erguendo sete colunas (não por acaso), falaremos delas em um outro momento. Hoje abordaremos um aspecto muito importante, porém um tanto descuidado por parte do casal: a hospitalidade e a comunhão.

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Quando falamos sobre hospitalidade, falamos sobre servir aos outros. Em vários textos bíblicos no Antigo e no Novo Testamento vemos Deus agir através da hospitalidade de homens e mulheres que abriram as portas da sua casa ou utilizaram os seus dons e talentos, mesmo fora dela, para servir ao próximo. Em Mateus 10:42, o próprio Jesus afirma que quem oferecesse mesmo que fosse um simples copo de água ao próximo receberia recompensas. Já em Atos 2:46 vemos a igreja primitiva utilizando a hospitalidade como um meio de proximidade, quando lemos que os irmãos partiam o pão de casa em casa com alegria e singeleza de coração. Que comunhão maravilhosa! Os discípulos não apenas eram unidos na igreja, mas cultivavam essa comunhão abrindo a porta de seus lares ou indo à casa de alguém.

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Até mesmo no decorrer da história a hospitalidade era vista de forma prazerosa na sociedade. Ser convidado para ir à casa de alguém ou convidar alguém para ir à sua casa era considerado “o evento”. Banquetes eram servidos, colocava-se música e havia um ambiente de descontração e comunhão. Isso foi deixado de lado com o avançar dos séculos, onde essas construções sólidas e estáveis de relacionamento foram substituídas por uma cultura de relacionamentos rasos e superficiais, onde só se conhece virtualmente e olhe lá. Com isso, não percebemos a grandiosa oportunidade que perdemos de receber restauração ao frequentar a casa de um casal sábio ou ao fechar as portas do nosso lar e não permitir que ele transforme outras pessoas por meio do nosso testemunho.

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Olhando de uma forma subjetiva para o início de Provérbios 9, percebemos que a Sabedoria matou um animal, ou seja, preparou uma refeição completa – levando em consideração que, na época do Antigo Testamento, as refeições triviais eram compostas por vegetais, leguminosas e pão, e as carnes eram servidas apenas em dias de festa – era praticamente um banquete que ofereceria, além de honra e sustância aos convidados que dele participassem. Além disso ela ofereceu vinho, que representa a alegria, para que aquele momento pudesse ser desfrutado com prazer. E não só isso; ela arrumou a sua mesa. A mesa não é um simples objeto de decoração dentro do lar. Mesa é um local de alianças, comunhão e aprendizagem. Isso fica expresso quando ela ordena suas servas a irem até o ponto mais alto da cidade e convidem um grupo específico de pessoas: os inexperientes e os faltos de conhecimento. Aquele não era um banquete qualquer, era um banquete de sabedoria. Era um momento de comunhão e alegria, mas também de aprendizado e de repreensão. Fica implícito que aquelas pessoas não levantariam da mesa do mesmo modo que se assentaram.

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Independentemente de como esteja o costume da sociedade hoje, o convite do Senhor é para que vocês arrumem sua mesa e convidem as pessoas que necessitam de força, alegria e conhecimento do Evangelho através da vida abundante de vocês como casal. Ou se vocês estão precisando de alguma ajuda espiritual nessa área e não se enxergam como hospitaleiros, mas como pessoas que necessitam da hospitalidade do outro, orem a Deus para que Ele envie casais idôneos que possam abrir as portas de suas casas para que vocês sejam alcançados por esse banquete da graça de Deus e, assim, tornem-se padrão dos fiéis.

 

Que Deus abençoe!