
Dia 5 - Provérbios 5
Olá, casal! Leiam juntos o capítulo indicado na íntegra antes de lerem este devocional.
Meu filho, dê atenção à minha sabedoria, incline os ouvidos para perceber o meu discernimento. Assim você manterá o bom senso, e os seus lábios guardarão o conhecimento. Pois os lábios da mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é amarga como fel, afiada como uma espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte; os seus passos conduzem diretamente para a sepultura. Ela nem percebe que anda por caminhos tortuosos, e não enxerga a vereda da vida [...] Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os teus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude.
Provérbios 5:1-6,16-18
A fidelidade é uma característica das pessoas de caráter. Já falamos sobre como corrigir falhas na índole no dia 2, mas hoje vamos enxergar a fidelidade pelo ponto de vista do sábio, que não só neste capítulo, mas em outros que já vimos e veremos, dá total importância a esse traço moral e espiritual que devemos conservar em integridade.
O texto inicia com a retratação mais clássica de infidelidade: o adultério. O interessante, é que antes de adverti-lo sobre a prática, ele convida o leitor a inclinar seus ouvidos à sabedoria. Isso significa que Deus, em sua onisciência, sempre nos adverte quando estamos intencionados a desviar de seu caminho de santidade. O próprio Espírito Santo fala conosco, nos orienta, e nós percebemos isso. É aquele famoso momento em que paramos e pensamos “sinto que não devo fazer isso, mas meu desejo é maior”. Este sinto que não devo, é a voz do Espírito, nos alertando sobre a cilada que acabaremos de entrar. Por isso afirmo que nenhum cristão se envolve em adultério inocente ou inconscientemente, pois temos um Deus que nos conhece e nos adverte a todo momento. Somos nós os que decidimos dar lugar a prazeres momentâneos, esquecendo-nos que o final deles é a morte.
A única coisa que a mulher ou homem imoral, que tenta nos enredar ao adultério, pode nos oferecer é a morte. Morte espiritual, morte da espiritualidade do nosso lar, do legado de nossos filhos, do amor de nosso cônjuge, e claro, a separação de Deus e de sua herança celestial. Não vale a pena arriscar tudo o que conquistamos na vida por alguns instantes de prazer físico.
Algumas pessoas chegam a afirmar que tal situação não significou nada e que continuam amando seus cônjuges. Isso demostra a falha no caráter que precisa ser trabalhada por Deus e até mesmo com auxílio de um conselheiro/terapeuta, pois não é normal. O Senhor te deu um(a) parceiro(a) que está pronto para suprir todas as suas necessidades nessa área. E se não estiver, conversem sobre isso, conheçam-se. Entendam as dificuldades e angústias um do outro. Isso trará aproximação e gerará mais confiança entre vocês.
Uma outra consideração a se fazer neste capítulo, é sobre as variadas traduções do vocábulo 'fidelidade' por 'verdade'. Isso acontece porque o termo hebraico emet, presente nos escritos de Provérbios (como em Pv 3:3) tem como significado tanto ‘fidelidade’ quanto ‘verdade’. Isso não traz um sentido diferente ao texto, na realidade o complementa: “eu verdadeiramente me dedico só a você, ao nosso lar, a nossa família”. A verdade dissipa qualquer pacto com a infidelidade, pois ela traz a luz quais são realmente nossas intenções.
Vocês têm sido verdadeiros um com o outro sobre seus sentimentos e ações? Há verdade em seu modo de agir e de viver?
Se tiverem dificuldade nessa área, orem a Deus, que a todos dá sabedoria e nos capacita - por meio do fruto do Espírito, a sermos fiéis e verdadeiros.
Que Deus abençoe